Maiores Erros na Hora de Declarar o Imposto de Renda em 2025: O Perigo da Última Hora

Faltam apenas 3 dias para o fim do prazo e milhões de brasileiros ainda não entregaram a declaração do imposto de renda em 2025. Descubra os erros fatais que podem te levar à malha fina quando você deixa para a última hora.
Imposto de Renda em 2025

O prazo para a entrega da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF) 2025 está chegando ao fim. Com apenas três dias restantes, milhões de brasileiros ainda não enviaram suas declarações à Receita Federal. Segundo dados oficiais, cerca de 30% dos contribuintes costumam deixar para os últimos dias, o que aumenta significativamente as chances de erros e inconsistências no preenchimento.

A Corrida Contra o Tempo do Imposto de Renda em 2025: Por Que Deixamos Para a Última Hora?

A procrastinação é um comportamento comum quando se trata de tarefas complexas e que exigem atenção aos detalhes, como é o caso da declaração do Imposto de Renda. O acúmulo de documentos, a dificuldade em organizar comprovantes e a insegurança quanto às regras tributárias são fatores que contribuem para esse adiamento. No entanto, essa prática pode sair cara.

Especialistas em contabilidade alertam que o preenchimento apressado, sob pressão do prazo final, é um terreno fértil para equívocos. “Quanto mais perto do prazo final, maior é a probabilidade da pessoa cometer algum erro”, avalia Marcello Seemann, presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC). A multa para quem não entregar a declaração dentro do prazo é de, no mínimo, R$ 165,74, podendo chegar a 20% do imposto devido. Além disso, há o risco de cair na temida malha fina, o que pode atrasar a restituição ou até gerar imposto adicional a pagar com multa.

Erros Fatais de Digitação e Preenchimento na Correria Final

Na pressa de cumprir o prazo, muitos contribuintes cometem erros básicos de digitação que podem ter consequências graves. Um dos equívocos mais comuns é a inserção incorreta de valores. Por exemplo, ao digitar R$ 300,00, o esquecimento da vírgula antes dos centavos transforma o número em R$ 30.000,00 – uma diferença que certamente chamará a atenção do fisco.

Outro erro frequente é o preenchimento de campos com valores diferentes daqueles que constam nos informes de rendimentos. A Receita Federal cruza todas as informações declaradas com os dados fornecidos por empregadores, bancos, planos de saúde e outras instituições. Qualquer divergência, por menor que seja, pode levar à retenção da declaração para uma análise mais detalhada.

A confusão entre fichas também é um problema recorrente nos últimos dias do prazo. Muitos contribuintes inserem informações nas categorias erradas, como colocar despesas médicas não dedutíveis ou lançar valores de previdência privada em campos inadequados. Segundo Allain Bertrand, diretor da Forvis Mazars, especializada em serviços de auditoria, “é fundamental a atenção máxima quando o contribuinte estiver fazendo a sua declaração para não correr o risco de cair na malha fina por erros bobos”. Uma dica valiosa para evitar esses problemas é utilizar a declaração pré-preenchida fornecida pela Receita Federal, embora ela também exija verificação cuidadosa de todos os dados importados.

Omissões e Esquecimentos: O Que Não Pode Ficar de Fora

A omissão de rendimentos é um dos principais motivos que levam contribuintes à malha fina. Na correria dos últimos dias, é comum esquecer de declarar todas as fontes de renda, especialmente aquelas eventuais ou de menor valor. No entanto, todos os rendimentos tributáveis recebidos em 2024 devem ser informados, independentemente do valor.

Rendas provenientes de aluguéis, trabalhos temporários, serviços autônomos, aposentadorias complementares e até mesmo a venda de bens precisam constar na declaração. O mesmo vale para rendimentos de dependentes, como bolsas de estudo, estágios ou pensões alimentícias. A Receita Federal tem acesso a um vasto banco de dados e consegue identificar inconsistências entre o que foi declarado e o que foi efetivamente recebido.

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Outro ponto crítico são as operações financeiras. Muitos contribuintes esquecem de declarar resgates de previdência privada, aplicações em fundos de investimento ou operações na bolsa de valores. Conforme explica Richard Domingos, diretor-executivo da Confirp Contabilidade, “a declaração pré-preenchida sempre apresenta algumas inconsistências, pois não realmente não vem com todas as informações”. Por isso, mesmo utilizando esse recurso, é essencial revisar cuidadosamente todos os dados e complementar com informações que possam estar faltando. Vale lembrar que a omissão de informações pode ser interpretada como sonegação fiscal, crime previsto na legislação brasileira.

Confusões com Dependentes e Despesas Dedutíveis na Última Hora

A inclusão de dependentes na declaração do imposto de renda em 2025 é outro ponto que gera muitas dúvidas e erros, especialmente quando o preenchimento é feito às pressas. Um equívoco comum é declarar o mesmo dependente em mais de uma declaração. Casais que possuem filhos e declaram separadamente só podem incluir cada filho como dependente em uma das declarações, exceto no ano do divórcio.

Além disso, muitos contribuintes se confundem ao declarar despesas médicas e educacionais. É importante lembrar que nem todos os gastos com saúde são dedutíveis. Despesas com nutricionistas, massagistas e medicamentos comprados em farmácias, por exemplo, não podem ser abatidas do imposto. Da mesma forma, apenas mensalidades escolares de ensino infantil, fundamental, médio e superior são aceitas como despesas de educação. Cursos livres, como idiomas e informática, não entram nessa categoria.

Na correria dos últimos dias, também é comum a confusão entre os diferentes tipos de previdência privada. Os planos PGBL e VGBL possuem tratamentos tributários distintos e devem ser declarados em fichas diferentes. Enquanto o PGBL permite dedução no IR e deve ser informado como despesa dedutível, o VGBL é considerado uma aplicação financeira e deve constar na ficha de “Bens e Direitos”. Segundo a Wikipédia sobre Previdência Privada, essa é uma das principais dúvidas dos contribuintes brasileiros e, quando mal informada, pode gerar problemas com o fisco.

Problemas Técnicos e Soluções para Quem Deixou para o Final

Nos últimos dias do prazo, é comum que o sistema da Receita Federal fique sobrecarregado, o que pode causar lentidão e até mesmo instabilidade no acesso. Segundo especialistas, os melhores horários para enviar a declaração nesse período são pela manhã, antes das 10h, ou tarde da noite, após as 22h, quando o fluxo de acessos tende a ser menor.

Outro problema frequente é a dificuldade em reunir todos os documentos necessários quando se deixa para a última hora. Muitas instituições financeiras e empregadores disponibilizam os informes de rendimentos com antecedência, mas acessá-los de última hora pode ser complicado, especialmente se houver necessidade de recuperar senhas ou solicitar segunda via. Por isso, é recomendável manter uma pasta, física ou digital, com todos os documentos relevantes ao longo do ano.

Para quem está na correria final, a declaração pré-preenchida pode ser uma aliada, mas é preciso ter cuidado. Dilma Rodrigues, sócia da Attend Consultoria, alerta que “a declaração pré-preenchida tem, progressivamente, apresentado melhorias, porém o contribuinte deve estar ciente das principais falhas do sistema”. Entre os problemas mais comuns estão a falta de saldos bancários, contas não reconhecidas pelo contribuinte, valores de rendimentos zerados para aposentados que entram como dependentes e falhas nas informações de planos de saúde.

Caso perceba que enviou a declaração com algum erro, não entre em pânico. É possível fazer uma retificação a qualquer momento, mesmo após o prazo final. Para isso, basta acessar a ficha “Identificação do Contribuinte”, selecionar o item “Declaração Retificadora” e informar o número do recibo de entrega da declaração original. No entanto, se o erro for identificado após o prazo, a multa por atraso não poderá ser evitada. Além disso, é fundamental guardar todos os documentos e comprovantes por pelo menos cinco anos, como determina a legislação tributária brasileira.

Conclusão: Planejamento é a Chave para Evitar Problemas

A declaração do Imposto de Renda em 2025 não precisa ser um momento de estresse e ansiedade. Com planejamento e organização ao longo do ano, é possível tornar esse processo muito mais tranquilo e seguro. Guardar comprovantes, manter registros de despesas dedutíveis e acompanhar mudanças na legislação são práticas que facilitam o preenchimento e minimizam o risco de erros.

Para quem ainda não enviou a declaração e está nos últimos dias do prazo, a recomendação é separar um tempo adequado, reunir todos os documentos necessários e preencher com calma, verificando cada informação antes do envio. Em caso de dúvidas complexas, vale a pena consultar um contador ou especialista em tributos.

Lembre-se: a pressa é inimiga da perfeição, especialmente quando se trata do Imposto de Renda. Evite deixar para a última hora nos próximos anos e, se possível, comece a se preparar com antecedência para a declaração de 2026. Seu bolso e sua tranquilidade agradecem!

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