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Impostos: O Que Toda Empresa Precisa Saber

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Impostos: O Que Toda Empresa Precisa Saber

Você sabia que os impostos são uma parte essencial da gestão financeira de qualquer empresa. Compreender quais tributos sua empresa deve pagar é fundamental para evitar problemas fiscais e garantir a saúde financeira do negócio. Neste artigo, abordaremos os principais tipos de impostos que as empresas precisam considerar e como se preparar para as declarações fiscais.

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Principais Tipos de Impostos para Empresas

1 – IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica):

O Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) é um tributo federal que incide sobre o lucro das empresas, sejam elas microempresas, pequenas, médias ou grandes corporações.
O IRPJ é um imposto que deve ser pago por todas as pessoas jurídicas (empresas). Ele é calculado sobre o lucro real, presumido ou arbitrado da empresa, dependendo do regime de tributação escolhido ou permitido pela legislação.

Regimes de Tributação
Existem três regimes principais de tributação que determinam como o IRPJ será calculado:

Lucro RealLucro PresumidoLucro Arbitrado
Definição: Regime em que o IRPJ é calculado com base no lucro líquido contábil, ajustado por adições e exclusões previstas na legislação fiscal.Definição: Regime simplificado onde o lucro é presumido a partir da receita bruta da empresa, com percentuais definidos pela Receita Federal que variam conforme a atividade econômica.Definição: Regime aplicado em situações especiais, como quando a empresa não mantém escrituração contábil adequada.
Obrigatório para: Empresas com faturamento anual superior a R$ 78 milhões e para aquelas com atividades específicas, como bancos e financeiras.Indicados para: Empresas com faturamento anual de até R$ 78 milhões que não se enquadram nas obrigatoriedades do lucro real.Quando aplicável: Utilizado pela Receita Federal em casos de fiscalização ou irregularidades na contabilidade da empresa.
Periodicidade: Pode ser trimestral ou anual.Periodicidade: Trimestral.Periodicidade: Trimestral.

Alíquotas do IRPJ

As alíquotas do IRPJ variam de acordo com o lucro da empresa:

  • Alíquota base: 15% sobre o lucro apurado.
  • Adicional: 10% sobre a parcela do lucro que exceder R$ 20.000,00 por mês.

Pagamentos e Declarações

  • Periodicidade de pagamento: Depende do regime de tributação. Pode ser mensal (via estimativa) ou trimestral.
  • Declaração de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (DIPJ): Substituída pela ECF (Escrituração Contábil Fiscal) desde 2014, que deve ser entregue anualmente.

Dedutibilidade e Incentivos Fiscais

  • Despesas dedutíveis: Para as empresas tributadas pelo lucro real, muitas despesas operacionais podem ser deduzidas do lucro tributável, como salários, aluguéis, energia, entre outras.
  • Incentivos fiscais: Existem diversos programas de incentivos fiscais para empresas que investem em áreas como pesquisa e desenvolvimento, cultura, e projetos sociais.

Importância do Planejamento Tributário

O planejamento tributário é crucial para otimizar o pagamento de impostos, evitar problemas com o fisco e garantir a saúde financeira da empresa. Um bom planejamento envolve:

  • Escolha do regime tributário adequado.
  • Organização e controle rigoroso da contabilidade.
  • Aproveitamento de incentivos e benefícios fiscais.

Assim podemos finalizar que o IRPJ é um imposto fundamental para a arrecadação federal e a gestão financeira das empresas. Compreender seus regimes de tributação é essencial. A correta apuração e pagamento do IRPJ ajudam a evitar penalidades e a manter a empresa em conformidade com a legislação tributária.

Para mais informações detalhadas e personalizadas sobre como o IRPJ se aplica à sua empresa, consulte um contador de sua confiança.

2 – COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social):

A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) é um tributo federal brasileiro destinado a financiar a seguridade social, que inclui a saúde pública, a previdência social e a assistência social. Criada pela Lei Complementar nº 70, de 30 de dezembro de 1991, a COFINS é um dos principais tributos no Brasil, afetando a maioria das empresas e desempenhando um papel crucial no financiamento das políticas sociais do país.

Quem Deve Pagar COFINS?

Pessoas jurídicas de direito privado e por aquelas que lhes são equiparadas pela legislação do imposto de renda, incluindo empresas e entidades que atuam no mercado interno. Existem exceções, como algumas instituições sem fins lucrativos e determinadas atividades específicas que podem ser isentas ou ter um regime diferenciado.

Regimes de Apuração: Cumulativo e Não Cumulativo

Regime CumulativoRegime Não Cumulativo
Aplicável a empresas optantes pelo lucro presumido.
Aplicável a empresas optantes pelo lucro real.
A alíquota da COFINS no regime cumulativo é de 3%.A alíquota da COFINS no regime não cumulativo é de 7,6%.
Nesse regime, não há a possibilidade de aproveitar créditos fiscais sobre insumos adquiridos.Permite a utilização de créditos fiscais sobre insumos e outros custos, reduzindo o valor a ser pago.

Base de Cálculo

A base de cálculo da COFINS é a receita bruta da empresa, que inclui o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente da atividade exercida e da classificação contábil adotada para as receitas.

Créditos na Apuração Não Cumulativa

No regime não cumulativo, as empresas podem descontar créditos calculados sobre várias despesas, como:

  • Aquisição de bens para revenda.
  • Insumos utilizados na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda.
  • Aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoas jurídicas, utilizados nas atividades da empresa.
  • Energia elétrica e térmica consumida nos estabelecimentos da empresa.

Importância da COFINS

A COFINS é fundamental para a manutenção do sistema de seguridade social no Brasil, contribuindo para:

  • Saúde Pública: Financiamento de hospitais, postos de saúde e programas de prevenção e tratamento de doenças.
  • Previdência Social: Pagamento de aposentadorias, pensões e outros benefícios previdenciários.
  • Assistência Social: Suporte a programas de assistência a populações vulneráveis, como o Bolsa Família.

Obrigações Acessórias

As empresas obrigadas ao recolhimento da COFINS também devem cumprir com diversas obrigações acessórias, como a entrega de declarações periódicas (e.g., DCTF, EFD-Contribuições) e a manutenção de registros contábeis detalhados.

Impactos e Planejamento Tributário

Devido ao impacto significativo da COFINS nas finanças das empresas, é crucial um planejamento tributário adequado. A escolha entre o regime cumulativo e não cumulativo, a gestão eficiente dos créditos fiscais e o cumprimento das obrigações acessórias são aspectos essenciais para a otimização da carga tributária e a mitigação de riscos fiscais.

Podemos concluir que a COFINS é um tributo essencial para o financiamento da seguridade social no Brasil, afetando a maioria das empresas do país. Entender seu funcionamento, as bases de cálculo, os regimes de apuração e as possibilidades de crédito é crucial para uma gestão tributária eficiente e para o cumprimento das obrigações fiscais.

3 – ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços):

O ICMS é um imposto estadual que incide sobre a circulação de mercadorias, serviços de transporte interestadual e intermunicipal, bem como sobre a comunicação. Sua principal característica é a sua abrangência em todas as etapas da cadeia produtiva, desde a produção até o consumo final. Cada estado brasileiro possui autonomia para estabelecer suas alíquotas e regras de cobrança, o que pode resultar em uma complexa variedade de cenários tributários pelo país. Já falamos sobre ele neste artigo: Desvendando o ICMS no Brasil: Entenda o Imposto que Impacta seu Dia a Dia vale a pena conferir.

4 – ISS (Imposto Sobre Serviços):

O Imposto Sobre Serviços, é um tributo municipal brasileiro que incide sobre a prestação de serviços. Ele é de extrema importância tanto para prestadores de serviços quanto para tomadores, pois afeta diretamente o custo e a operação dos serviços prestados. Abaixo, explicamos os principais pontos sobre o ISS:

O Que é o ISS?

O ISS é um imposto que deve ser pago por empresas e profissionais autônomos que prestam serviços listados na Lei Complementar nº 116/2003. Ele é de competência dos municípios e do Distrito Federal, ou seja, cada cidade é responsável por regulamentar, cobrar e fiscalizar o ISS dentro de seu território.

Como é Calculado o ISS?

O cálculo do ISS varia de acordo com o município. A alíquota pode variar entre 2% e 5% sobre o valor do serviço prestado. Algumas cidades podem ter alíquotas diferentes dependendo do tipo de serviço. É importante verificar a legislação específica do município onde o serviço é prestado para determinar a alíquota correta.

Exemplo: Em Manaus o cálculo do ISS é de 5% de acordo com a LEI Nº 2.833, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2021

Retenção do ISS

Em alguns casos, o ISS pode ser retido na fonte, ou seja, o tomador do serviço (quem contrata) é responsável por reter o valor do imposto e repassá-lo ao município. Essa regra pode variar de acordo com a legislação local e o tipo de serviço.

ISS Próprio e ISS Retido

ISS PróprioISS Retido
É aquele que o prestador de serviço deve recolher diretamente ao município.É quando o tomador do serviço (quem contrata) faz a retenção do imposto e efetua o pagamento ao município em nome do prestador.

Obrigações Acessórias

Além do pagamento do imposto, os prestadores de serviço devem cumprir com algumas obrigações acessórias, como emitir notas fiscais de serviço e declarar o imposto devido, conforme as regras do município.

Exemplos de Serviços que Incidem ISS

  • Serviços de saúde (médicos, dentistas, psicólogos)
  • Serviços de educação (escolas, cursos, treinamentos)
  • Consultoria (empresarial, jurídica, contábil)
  • Tecnologia da informação (desenvolvimento de software, manutenção de sistemas)
  • Serviços de manutenção e limpeza
  • Serviços de publicidade e propaganda

Importância do ISS

O ISS é uma fonte importante de receita para os municípios, utilizada para financiar diversos serviços públicos, como saúde, educação, infraestrutura, entre outros. Para as empresas e profissionais, entender e cumprir corretamente as obrigações relativas ao ISS é essencial para evitar problemas fiscais e garantir a conformidade com a legislação.

O ISS é um imposto essencial para o funcionamento dos municípios e para a prestação de serviços no Brasil. Prestadores de serviços devem estar atentos às suas obrigações para evitar complicações fiscais. Se você tiver dúvidas sobre como calcular e recolher o ISS, é aconselhável consultar um contador ou especialista tributário para garantir o cumprimento correto da legislação municipal.

5 – IOF (Imposto sobre Operações Financeiras):

O IOF é um imposto cobrado pelo governo federal sobre operações financeiras, como crédito, câmbio, seguros e títulos ou valores mobiliários. Ele foi instituído para regular a economia e controlar a quantidade de dinheiro em circulação.

O IOF incide sobre diferentes tipos de operações financeiras, incluindo:

Empréstimos e FinanciamentosCâmbioSegurosInvestimentos
Quando você toma um empréstimo ou financiamento, o IOF é aplicado sobre o valor do crédito concedido.O imposto incide nas operações de câmbio, como a compra de moeda estrangeira para viagens internacionais.Aplica-se a algumas modalidades de seguros, como seguros de vida e seguros de crédito.Incide sobre operações de compra e venda de títulos e valores mobiliários, como ações e debêntures.

Alíquotas do IOF

As alíquotas do IOF variam de acordo com o tipo de operação financeira. Alguns exemplos de alíquotas incluem:

Crédito PessoalCâmbioSegurosInvestimentos
A alíquota é de 0,38% sobre o valor do crédito mais uma taxa diária de 0,0082% sobre o saldo devedor.Para compra de moeda estrangeira em espécie, a alíquota é de 1,1%. Para outras operações de câmbio, como compras com cartão de crédito no exterior, a alíquota é de 6,38%.As alíquotas variam de acordo com o tipo de seguro, podendo ser de 0% a 7,38%.Em operações de renda fixa, a alíquota é de 0% para resgates acima de 30 dias. Para resgates em prazo inferior, varia de 0% a 1,5%.

Exceções e Isenções

Existem algumas operações que são isentas de IOF ou têm alíquotas reduzidas, como:

  • Financiamento Imobiliário: Em muitas modalidades, o financiamento de imóveis é isento de IOF.
  • Operações de Crédito Rural: Muitas operações de crédito para a agricultura têm alíquotas reduzidas ou são isentas.

Cálculo do IOF

O cálculo do IOF depende do tipo de operação e das alíquotas específicas. No caso de empréstimos, por exemplo, o IOF é calculado sobre o valor total do crédito concedido mais a taxa diária aplicada sobre o saldo devedor.

Entender o IOF e suas implicações pode ajudar empresas e indivíduos a tomar decisões financeiras mais informadas e a planejar suas operações de crédito, câmbio e investimentos de forma mais eficiente. Se precisar de mais informações ou de assistência específica, é sempre uma boa ideia consultar um contador ou um especialista em finanças.

6 – CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido):

A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) é um tributo federal brasileiro destinado a financiar a seguridade social, que inclui a previdência social, a saúde pública e a assistência social. A CSLL é calculada sobre o lucro líquido das empresas, ajustado pelas adições, exclusões e compensações previstas na legislação tributária.

Quem está sujeito à CSLL?

A CSLL é devida por todas as pessoas jurídicas e entidades equiparadas, inclusive aquelas optantes pelo Simples Nacional, porém com regras diferenciadas. Isso inclui empresas de qualquer porte e atividade econômica.

Base de Cálculo

A base de cálculo da CSLL é o lucro líquido do período de apuração, ajustado conforme a legislação vigente. Dependendo do regime tributário da empresa, a forma de apuração pode variar:

Lucro RealLucro PresumidoLucro ArbitradoSimples Nacional
É calculada sobre o lucro líquido ajustado, conforme as normas contábeis e fiscais.É calculada sobre uma base de cálculo presumida, que varia conforme a atividade da empresa.Utilizado em situações específicas, quando a receita federal arbitra o lucro da empresa.A CSLL é incluída no Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), sendo calculada de forma simplificada.

Alíquotas da CSLL

As alíquotas da CSLL podem variar de acordo com a natureza da empresa:

  • Empresas em Geral: 9%
  • Instituições Financeiras, Seguradoras, e Empresas Equiparadas: 15%
  • Cooperativas de Crédito: 20%

Pagamento e Apuração

A CSLL é apurada trimestralmente ou anualmente, dependendo do regime tributário adotado pela empresa:

  • Trimestral: O pagamento é feito no último dia útil do mês subsequente ao trimestre de apuração.
  • Anual: O pagamento é realizado em quotas, dependendo da apuração anual do lucro real.

Importância da CSLL

A CSLL é um tributo fundamental para o financiamento da seguridade social no Brasil. Sua arrecadação contribui para a manutenção e melhoria dos serviços públicos de saúde, previdência e assistência social, beneficiando toda a sociedade.

O correto cumprimento das obrigações relativas à CSLL é essencial para evitar problemas fiscais e garantir que a empresa esteja em conformidade com a legislação tributária. É recomendável que as empresas mantenham uma contabilidade bem organizada e atualizada, além de contar com o apoio de profissionais qualificados, como contadores e consultores tributários, para auxiliar na apuração e no pagamento deste tributo.

Se você tem dúvidas sobre a CSLL ou precisa de ajuda para gerenciar suas obrigações tributárias, entre em contato com um contador especializado. Eles podem fornecer orientação específica e ajudar a garantir que sua empresa esteja cumprindo todas as exigências legais.

Como se Preparar para as Declarações Fiscais

  1. Organize a Documentação:
    • Mantenha registros detalhados das operações financeiras da empresa.
    • Guarde notas fiscais, comprovantes de pagamento e outros documentos relevantes.
  2. Conheça o Regime Tributário:
    • Escolha o regime tributário mais adequado para sua empresa (Lucro Real, Lucro Presumido ou Simples Nacional).
    • Consulte um contador para tomar a decisão correta.
  3. Cumpra os Prazos:
    • Fique atento aos prazos de entrega das declarações fiscais.
    • Evite multas e penalidades por atraso.
  4. Conte com Profissionais Especializados:
    • Um contador experiente pode ajudar a otimizar a carga tributária e evitar erros.

Lembre-se sempre de consultar um contador ou especialista para garantir que sua empresa esteja em conformidade com a legislação vigente. A gestão fiscal adequada é essencial para o sucesso do seu negócio!

Ao contratar um profissional de contabilidade, certifique-se de que ele esteja devidamente registrado e possua as qualificações necessárias. Além disso, é importante estabelecer uma relação de confiança e comunicação aberta, para garantir que todas as informações contábeis sejam fornecidas de forma precisa e completa.

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